O pintor, desenhista, artista gráfico e gravurista alemão Otto Dix tem uma posição curiosa dentro do expressionismo alemão, ao lado de outro artista emblemático, George Grosz. Como este, Dix é um expressionista que migra para o extremo realismo da corrente Nova Objetividade. Os trabalhos de ambos diferem do grupo Die Brücke (A Ponte), de Ernst Ludwig Kirchner e Erich Heckel e do Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul), de Wassily Kandinsky e Franz Marc, em parte porque mesclados de elementos futuristas. O expressionismo de Grosz e Dix, mais o de Max Beckmann, tem viés peculiar, de realismo, às vezes, caricatural. No caso de Dix e Grosz há a ênfase na crítica política e social, resvalando com freqüência para o macabro. Com este realismo exacerbado, Dix destoa dos expressionistas propriamente e como estes ganha a repulsa de nazistas que o consideravam “degenerado” e da esquerda porque não se enquadrava no realismo socialista.