Ela era filha de paranaense, nasceu em Itararé e passou o resto da vida no Rio de Janeiro. E foi terrível. É impossível descrever para o mundo permissivo de hoje o que significou entre os anos 30 e os anos 60 a presença de Elvira Pagã – vedete de corpo escultural, considerada na época escandalosa, despudorada, imoral, desbocada, desaforada e outros adjetivos. Ela foi a primeira mulher na vida de Daniel Filho, cujos pais produziam seus espetáculos no Teatro Follies de Copacabana. Foi a primeira mulher a usar biquíni no Brasil, em 1950, na praia de Copacabana. E foi a primeira mulher famosa a posar nua – e ainda mandava fotos para amigos e admiradores no fim do ano como cartão de Natal. E foi a primeira mulher a fazer plástica nos seios no Brasil. No fim da vida virou sacerdotisa.